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Acabar com as criancinhas para desaquecer o planeta?

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Luis Dufaur (*)

Tubarões assassinos, crocodilos perigosos, javalis predadores ou lobos devoradores de gado: todos eles são espécies protegidas pela estranha religião “verde” ainda que causem danos ao homem e a outros animais.

Mas os homens têm que ser reduzidos em número, em direitos, em condições de vida, segundo decreto dessa mesma religião! Têm que ficar insustentáveis nesta terra!

Eles são os únicos seres que não podem nem devem cumprir o preceito ecológico de se auto-sustentar.

O jornal “The Washington Post” trouxe esclarecedor matéria a respeito. Militantes contra o “aquecimento global” se mobilizaram para cortar a taxa de nascimentos de crianças nos EUA. http://www.washingtontimes.com/news/2016/aug/19/climate-change-activists-tax-discourage-childbirth/

O sofisma arguido, com muito sabor de luta de classe de pobres contra ricos, diz que os países ricos deveriam desencorajar as pessoas que querem ter filhos.

A causa? Para protegê-los contra os danos – fictícios ou montados artificiosamente – do “aquecimento global” num século venturo e também para reduzir emissões que não explicam claramente.

Travis Rieder, diretor do Instituo Berman de Bioética na Universidade Johns Hopkins, disse à National Public Radio (NPR) quer derrubar a fertilidade humana global a meio filho por mulher “poderia ser a coisa que vai nos salvar”.

“Eis um pensamento estimulante: talvez nós salvaremos nossos filhos não os tendo”, disse.

Ele propôs desanimar a procriação com novos impostos impedindo que os pobres tenham crianças, e impondo penalidades tributárias aos ricos. Algo assim como uma ‘taxa carbono aplicada contra os filhos’.

 Enfermeira cuida de recém-nascidos em hospital de Jamestown, EUA. Na proposta ambientalista, esta profissão deverá ser vista com maus olhos.

Enfermeira cuida de recém-nascidos em hospital de Jamestown, EUA.
Na proposta ambientalista, esta profissão deverá ser vista com maus olhos.

 

Rieder acrescentou que essas punições funcionariam melhor contra os ricos. Por sua vez os países ricos dariam o exemplo aos pobres de não ter filhos.

A proposta é mais radical que a “política do filho único” – pois seria só “meio filho” – e ficou registrada no livro “Population Engineering and the Fight Against Climate Change” (“Engenharia Populacional e o Combate contra a Mudança Climática”) que Rieder escreveu com mais dois professores da Universidade de Georgetown.

A ONG “Futuro concebível” de New Hampshire também adota como premissa a disparatada tese de que “a crise do clima é uma crise reprodutiva”, escreveu o “Washington Times”.

Os extremistas ambientalistas tentaram logo dissimular o fundo totalitário de suas propostas, alegando que não propunham medidas coercitivas, nem leis despóticas como fez a China com a famigerada e fracassada “política do filho único”.

Porém, Marc Morano, diretor do site Climate’s Depot especializado em denunciar as fraudes do ambientalismo radical, observou que as normas ditatoriais que esses ativistas negam com a língua, na prática seriam logicamente inevitáveis se se aprovam suas antinaturais premissas.

Morano também observou que os grupos que se dizem contra a “mudança climática” agora insistem que os homens deveriam ter menos contatos sexuais para conseguir um planeta menos cálido, e também para diminuir a natalidade.

“Os aquecimentistas já cansaram de combater as lâmpadas elétricas, as termoelétricas a carvão, os carros 4X4, e agora se assanham para ficar controlando o tamanho das famílias dos outros”.

Rieder anunciou o livro “Toward a Small Family Ethic: How Overpopulation and Climate Change are Affecting the Morality of Procreation” (“Rumo à ética da família pequena: como a superpopulação e a Mudança Climática estão afetando a moralidade da procriação”).

O disparate anticristão e antinatural salta aos olhos.

          ( * ) Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


Reação contra o ensino público obrigatório no século XIX

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A primeira vez que li sobre este assunto, questionei, já que estava acostumado ao modelo educacional posto pelo Governo. Mas, resolvi me aprofundar e pesquisar o conceito mais tradicional de Educação e, agora, sou favorável a esse formato. Aconselho que leiam este texto com atenção e carinho, e fiquem à vontade para concordar ou discordar.

Plinio Maria Solimeo (*)

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, líder católico do século XX, falando em sua monumental obra Revolução e Contra-Revolução sobre uma das características da crise pela qual passa o mundo hodierno, diz que ela “se desenvolve numa zona de problemas tão profunda, que se prolonga ou se desdobra, pela própria ordem das coisas, em todas as potências da alma, em todos os campos da cultura, em todos os domínios, enfim, da ação do homem” (Parte I, Cap. III, 3).

Por isso não poderiam estar isentas dessa crise nossas instituições de ensino. Quando se comenta que as escolas atuais mal ensinam os alunos — que prestam pouca atenção nas aulas e nos professores, desafiando-os e mesmo maltratando-os. E que elas estão se tornando antros de drogas, o que representa mais um passo do processo revolucionário várias vezes secular que está liquidando os últimos vestígios da civilização cristã.

Um passo muito importante para essa descristianização do ensino foi a implantação das escolas públicas obrigatórias.

Isso não ocorreu sem que houvesse fortes reações de setores católicos, que viam todo o mal que delas adviria.

Nesse sentido, temos em mãos um editorial do “Boston’s Catholic Newspaper” do final do século XIX, quando o estado de Massachusetts promulgou a primeira lei compulsória sobre a educação pública nos Estados Unidos. Eis o que publicou então o mencionado jornal católico:

 “O princípio geral sobre o qual essas leis estão baseadas é radicalmente mal sonante, falso, ateu. […] É o princípio de que a educação das crianças não é tarefa da Igreja ou da família, mas trabalho do Estado. […] Desse princípio decorrem duas consequências […] A de que em matéria de educação o Estado é supremo sobre a Igreja e a família, e desse modo ele pode e deve excluir a instrução religiosa das escolas. […] Tendo como consequência inevitável que […] o maior número de escolares têm que ser  ateus”.

         Outra consequência que o jornal aponta é a de que o Estado praticamente adota as crianças, enfraquecendo os laços que as ligam aos pais, os quais ficam obrigados a mandar seus filhos à escola pública, não podendo educá-los em casa.

Ademais, alega a publicação:

“A própria compreensão do mundo, e desse modo uma educação acertada, é aquela centrada em torno de Deus. Deus não é algo ‘extra’ que as pessoas religiosas somam ao mundo como lhes apraz, com uma visão secular neutra. Pelo contrário, Deus e a religião têm que estar no centro de qualquer verdadeira visão do mundo. Qualquer outra coisa leva ao ateísmo ou à rejeição de Deus”. […]  

“As crianças são, em primeiro lugar, da responsabilidade de seus pais. A família, como o pensamento social católico diz, é a ‘célula vital’ da sociedade. É anterior ao Estado, tanto cronológica quanto ontologicamente. O Estado pode oferecer ajuda à família, mas nunca suplantar sua estrutura básica ou integridade”.

Embora isso tenha sido dito em finais do século XIX, a argumentação é bem válida para os dias de hoje, em que o Estado está açambarcando tudo.

Como uma saudável reação a essa intromissão do Estado, cresce nos Estados Unidos o número de famílias adeptas do homeschooling, isto é, que preferem ensinar seus filhos em casa. Como resultado, as crianças assim educadas figuram entre as melhores classificadas quando ingressam em cursos superiores.

Infelizmente isso está proibido no Brasil pelo Estado-Patrão. A consequência é o nível baixíssimo de cultura dos nossos estudantes.

          ( * ) Plinio Maria Solimeo é escritor e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


Por que a pornografia mata o sexo

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A matéria de capa da revista TIME desta semana fala sobre uma nova iniciativa contra a pornografia na internet. Esses ativistas antipornografia, no entanto, não são os moralistas caricatos que mordem os lábios de raiva quando falam desse assunto. Ao contrário, são jovens que afirmam que a pornografia compromete o desempenho sexual na vida deles.

A capa chamou a minha atenção porque tenho visto uma situação similar apresentar-se muitas vezes com casais que procuram aconselhamento pastoral comigo. Em uma versão típica de tal cenário, um jovem casal busca ajuda porque pararam de ter relação sexual. Neste cenário típico, o marido é alguém que não consegue manter o interesse no sexo. Quando se faz as perguntas certas, descobre-se que ele está profundamente mergulhado na pornografia desde a adolescência. Não é que ele não possa, nessas situações, alcançar a mecânica do sexo para executá-lo. É que ele constata que a intimidade com uma mulher da vida real deve ser, na palavra que emerge repetidamente, “estranha”. Muitos desses homens só conseguem fazer sexo com suas esposas repetindo as cenas de pornografia em suas mentes enquanto o fazem.

O que está acontecendo aqui, então? Por que parece que a pornografia, em última instância, mata a intimidade sexual? Há muitas explicações psicológicas, para ser exato. A pornografia dessensibiliza a pessoa para o estímulo sexual, alimenta a busca por inovações intermináveis e cria um roteiro de expectativas que não atendem – e não podem atender – à dinâmica real do relacionamento pessoal. Mas penso que há algo mais acontecendo aqui.

A fim de entender o poder da pornografia, precisamos perguntar por que Jesus nos advertiu que a luxúria é errado. Não é porque o sexo é um assunto embaraçoso para Deus (vide Cantares de Salomão). Deus concebeu a sexualidade humana não para isolar, e sim para ligar. A sexualidade foi feita para unir esposa e marido e, satisfeitas as condições, resultar em novidade de vida, conectando, assim, gerações. A pornografia rompe essa conexão, convertendo o que foi feito para o amor íntimo e encarnacional em solidão masturbatória. A pornografia oferece uma emoção psíquica e uma liberação biológica tencionada para a comunhão no contexto da liberdade a partir da conexão com o outro. Ela não pode manter essa promessa.

Quando a pornografia adentra no casamento, o resultado é vergonha. Não estou me referindo ao sentimento de vergonha (embora isso possa fazer parte dela). Refiro-me a algo que está, no nível mais íntimo, oculto. Há algo dentro de nós que sabe que a sexualidade é para outra coisa que não a manipulação de imagens e partes do corpo.

A pornografia mata a sexualidade porque ela não é apenas sobre sexo e porque o próprio sexo não é apenas sobre sexo.

Na antiga cidade de Corinto, o aviso foi dado acerca das prostitutas nos templos pagãos da cidade. Elas eram pagas para a atividade sexual sem compromisso; eram parte de um sistema cúltico que atribuía quase todos os poderes místicos ao orgasmo. Em quê isso difere da indústria pornográfica de hoje? O apóstolo Paulo advertiu que as implicações de cometer imoralidade com essas prostitutas não eram apenas uma questão de consequências relacionais ruins ou um mau testemunho de Cristo mundo afora (embora estas questões também fossem verdade). Quem se juntava a uma prostituta participava de uma realidade espiritual intangível, ao unir Cristo à prostituta, ao tornar-se um com ela (1Co 6.15-19). Uma vez que o corpo é o templo do Espírito Santo, a imoralidade sexual não é apenas uma “safadeza” – é um ato de profanação do templo, de trazer um culto profano para dentro de um lugar santo do santuário (1Co 6.19).

A pornografia não é apenas imoralidade – é ocultismo.

É por isso que a pornografia possui uma atração tão forte. Ela não é uma questão meramente biológica (embora isso seja importante). Se existem, como a Bíblia ensina, espíritos maus vivos no cosmos, então a tentação envolve mais coisas do que simplesmente estar no lugar errado na hora errada. O cristão professo, não importa quão insignificante ele ou ela se sinta, é um alvo de interesse. A imoralidade sexual parece apresentar-se aleatoriamente quando, de fato, como com o jovem de Provérbios, é parte de uma expedição de caça cuidadosamente orquestrada (Pv 7.22-23).

A vergonha que surge na consciência como resultado de um episódio pornográfico – ainda mais uma vida inteira de tais práticas – só pode levar à quebra da intimidade na união em uma só carne do casamento. Desde o início da história humana, a vergonha perante Deus conduz à vergonha de um para com o outro (Gn 3.7-12). A nudez (intimidade), concebida para parecer natural, agora parece dolorosa e vulnerável – ou, como muitos homens têm colocado, “estranha”.

Se isso descreve você, dificilmente você está sozinho. O casamento é sempre difícil, sempre uma questão de guerra espiritual (1Co 7.5). A fim de lutar, a pessoa deve, primeiro, tratar a vergonha – o que significa arrepender-se do desejo de manter tudo escondido. Procure um presbítero confiável em sua igreja, e busque ajuda.

Os jovens que procuram insurgir-se contra a pornografia com a qual cresceram devem ser elogiados. Mas a pornografia é uma isca poderosa demais para ser combatida apenas pela força de vontade ou pelos movimentos sociais por si sós. Precisamos levar as cargas um do outro, por meio do vigor do Espírito Santo dentro do novo templo da igreja. Isso começa com ser honesto acerca do que a pornografia é – e o que ela faz.

Por: Russell Moore. © 2016 Copyright • Ethics and Religious Liberty Commission of the Southern Baptist Convention. Original: Why Porn Kills Sex.
Tradução:Leonardo Galdino. Revisão: Vinicius Musselman. © 2016 Voltemos ao Evangelho. Todos os direitos reservados. Website: voltemosaoevangelho.com.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Russell Moore serve como o oitavo presidente da Ethics & Religious Liberty Commission, da Convenção Batista do Sul. Um comentarista cultural amplamente procurado, Dr. Moore tem sido reconhecido por uma série de organizações influentes. O Wall Street Journal chamou-o “vigoroso, alegre, e ferozmente articulado”, enquanto o The Gospel Coalition referiu-se a ele “um dos moralistas mais astutos no evangelicalismo contemporâneo”. Um especialista em ética e teólogo, Dr. Moore é também ministro ordenado da Southern Baptist e autor de vários livros. Nascido no Mississipi, ele e sua esposa Maria são os pais de cinco filhos.

Fonte: Voltemos ao Evangelho.


Jonathan Chu, violonista do Skillet, anuncia separação da banda

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Jonathan Chu, violinista do grupo de hard rock Skillet desde 2008, anunciou sua decisão de se separar da banda, a fim de se concentrar mais em sua família.

Em seus quase 8 anos com a banda, Chu se tornou uma parte integrante do icônico e performance de palco de Skillet, multidões de todo o mundo emocionaram-se com seus solos de violino e teatralidade. No entanto, a recente tragédia familiar e o desgaste da vida na estrada levou a sua decisão de deixar a tour mundial. “Eu tenho feito e visto mais coisas do que eu jamais poderia ter sonhado”, o músico compartilhou em seu blog pessoal. “Eu cresci não apenas como um violinista e músico, mas como pessoa; tentando o meu melhor para não perder em qualquer aventura que se apresentou como oportunidade de fazer, comer ou ver algo novo, eu abracei com os braços abertos e eu estou tão feliz com o que eu fiz. Eu amo minha família Skillet muito e perder-lhes vai ser custoso.”

Os fãs têm vindo a partilhar uma efusão de apoio, bons desejos e orações através dos canais de mídia social. Embora o violinista não fará mais turnês, ele assegura que “eu sempre e para sempre serei um violinista e músico, um adorador e mensageiro de nosso Salvador, Jesus Cristo.” Você pode ler o post completo aqui.

Fonte: Relatórios da equipe MN

Via: New Release Today


ABRIR ESTRADAS, MAS FECHAR DESVIOS

caminhando

De Jacinto Flecha

Quando a mãe ensina o bebê a dar os primeiros passos, pode estar iniciando a trajetória de um grande velocista. Mas pode também estar ensinando-o a caminhar para um precipício. Nenhuma mãe deixará de ensinar, pois o normal é o filho aprender a andar. Se depois contraria advertências sensatas e envereda por caminhos perigosos, será dele a responsabilidade. E também serão dele as consequências.

Ao longo da vida, a cada instante é necessário tomar conscientemente uma decisão, escolher entre o caminho certo e o errado, entre o melhor e o pior, entre o bem e o mal. A assistência da mãe, a instrução do professor, a ordem do superior, são elementos indispensáveis para orientar rumo à decisão certa. Cada decisão pelo caminho certo torna as seguintes mais fáceis, e elas quase se transformam em reflexos automatizados. São mais seguros os caminhos percorridos, estradas conhecidas, doutrinas comprovadas, mas persiste sempre a possibilidade de encurtar caminhos, investigar novas possibilidades. Ou tomar o caminho errado.

         Nenhuma novidade nos conceitos expostos até aqui. Mas pode ser novidade para muitos que os progressos da ciência confirmam cada vez mais a boa prática doméstica, escolar ou profissional conhecida desde sempre. Entre as inúmeras áreas científicas atuais, a Neurociência progride muito no entendimento da nossa ampla, complexa e grandiosa estrutura neurológica, desde o seu centro no cérebro até o mais distante sensor epidérmico ou conexão neuromuscular.

         Não vamos enveredar pelo estudo desses labirintos de extrema complexidade, vou apenas lembrar alguns progressos científicos da área, que me têm chegado ao conhecimento. E farei uma aproximação oportuna deles com as práticas que toda boa mãe conhece e aplica, sem para isso necessitar de grandes estudos.

O ensino se faz frequentemente pela repetição da mesma tarefa. Não basta mostrar a um bebê como deslocar um pé depois do outro, em seguida deixá-lo alcançar sozinho o automatismo e segurança dos movimentos. Para atingir esse ponto ele deve ser amparado e sustentado, enquanto comete erros e quedas assistidas. E nem se opõe a isso, que lhe parece um divertimento.

Numa fase posterior, quando já consegue andar sozinho e adquire autonomia de movimentos, pode querer usá-los para o que é errado, perigoso ou inconveniente, e deve ser acompanhado com atenção para evitar riscos como fogo, objetos cortantes, escadas, etc. Pode achar bonito, por exemplo, espremer uma bisnaga de creme dental. Seu cérebro ainda não está preparado para entender por que não deve fazê-lo, daí ser necessário alguém proibir. Cabe à mãe impedir, e na medida do possível explicar por que não é bom. Deve até usar alguma violência física, se a criança insistir.

         Parece supérfluo entrar em detalhes tão elementares e evidentes, e eu não ocuparia com eles o leitor, se não fossem hoje tão desprezados. Desprezados por quem? Entre outros, por fazedores de leis, como a que proíbe aos pais e educadores castigos físicos aos birrentos, preguiçosos, refratários, “malfeitores”. Sim, malfeitores (entre aspas, por enquanto), pois o caminho deles será este, se não forem impedidos pelos educadores. Parafraseando o presidente JK, educar é abrir estradas; e acrescentamos: …mas fechar desvios. Impedindo aos pais e educadores o uso desse recurso válido, e muitas vezes necessário, resta saber quem se responsabilizará pelos desvios de conduta de quem não foi convenientemente educado: Os autores da lei? Os deputados que a aprovaram? O governante que a assinou?

         (E o que tem a Neurociência a ver com isso?)

         A Neurociência está desvendando um mundo maravilhoso, por meio de recursos tecnológicos como a ressonância magnética, que mapeia e estuda os caminhos das informações que entram no cérebro e são registradas, como também as que se originam no cérebro e comandam o organismo. Descobriu, por exemplo, que o trajeto dos estímulos nervosos se amplia e reforça, estabelece novas conexões à medida que seu uso se repete. Assim uma trilha se transforma em autoestrada, conectando-a com os caminhos secundários e desvios que surgem.

Na aprendizagem escolar, por exemplo, a forma de uma letra é percebida pelo sentido da visão; esse conhecimento é ampliado e reforçado enquanto a mão “desenha” a letra; e também quando o som da letra é repetido no bê-a-bá. Os três caminhos se reforçam. Os trajetos menos usados permanecem disponíveis, como alternativas em caso de necessidade. Por exemplo, quando se aprende a escrever com a mão direita, fica “analfabeta” a esquerda; mas se os movimentos com a direita são perdidos ou prejudicados, a esquerda pode ser treinada. Exigirá esforço, novo aprendizado, talvez punições, mas as estradas neurológicas estarão disponíveis.

         Recuso-me a admitir como válida uma “lei da palmada”, interferindo nesse processo e prejudicando-o. Quem inventou essa aberração legal, provavelmente não recebeu quando criança as palmadas corretivas que lhe eram devidas; ou então não bastaram as que recebeu. Em ambos os casos, ainda é tempo de aplicar o que faltou, com juros e correção monetária. E até com instrumentos mais eficientes.

(*) Jacinto Flecha é médico e colaborador da Abim

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


Novelas, “gênero” e uma encíclica

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Gregorio Vivanco Lopes

Um fato sintomático! Novelas televisivas vêm impondo ao público brasileiro a aceitação de um nível de moralidade baixíssimo. As situações mais degradantes do ponto de vista moral são apresentadas com “naturalidade”, como se fossem normais. As novelas vêm se apresentando como o carro-chefe da imoralidade ambiente.

Mas quando a dose de veneno é forte demais, indo além daquilo que o paciente consegue absorver, de duas uma: ou a vítima engole a peçonha e morre, ou a repudia e com isso fica mais arredia ao veneno, além de pôr a nu a indústria de perversão que o difunde.

O segundo caso foi o que se deu com a tentativa de impor ao público brasileiro os horrores moralmente deteriorantes da novela “Babilônia”, um ambiente onde o lesbianismo, a transexualidade e os traficantes proliferam. A reação do público foi forte. A audição da novela caiu vertiginosamente. Foi a novela da Globo menos assistida da história no horário.

E o diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, perguntado pela jornalista Lígia Mesquita “estão pisando em ovos após ‘Babilônia?’”, respondeu: “Conversamos muito internamente sobre isso. O País é mais conservador do que você imagina” (“Folha de S. Paulo”, 27-6 e 20-7-2015).

Essa nota conservadora, que vem se afirmando cada vez mais no panorama nacional (e não só nele!), está provocando o desespero em certas cúpulas da esquerda que imaginavam poder conduzir o País para os sucessivos abismos da corrupção moral. Alguém moralmente corrompido é uma pessoa entregue, que não tem forças para lutar contra os desmandos ideológicos ou políticos, seja do comunismo ou do socialismo em suas diversas formas e cores, seja ainda do ecologismo panteísta.

O caso da novela “Babilônia” levou a jornalista Cristina Padiglione a comentar: “Diante de tendências conservadoras e de uma polarização de comportamentos, ideologias e religiões, é de se perguntar como um canal de TV, que sempre foi bem-sucedido em agradar o gosto médio da massa, tem agido na escolha de sua programação” (“O Estado de S. Paulo”, 27-6-15).

Mas o conservadorismo em ascensão não se limita a desdenhar uma novela fortemente imoral, ele tem manifestações multiformes.

Os jovens do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira que foram à Câmara de Vereadores de São Paulo pleitear a retirada do Plano Municipal de Educação das expressões “gênero”, “teoria de gênero” e outras que tais, contaram-me que os representantes pró-família se encontravam em número bem maior e eram mais atuantes do que aqueles recrutados pelos movimentos homossexuais e feministas. Os vereadores tiveram o bom senso de retirar as indigitadas expressões.

Isso não se deu apenas em São Paulo. Pelo Brasil afora, pressões do eleitorado conservador levaram numerosas Câmaras Municipais a rejeitar as ingerências do Ministério da Educação no sentido de obrigar as escolas a ensinar tais teorias abstrusas. O plano maquiavélico do Ministério consistia em fazer aprovar seu nefando desiderato pelas Câmaras Municipais, depois de ter sido ele derrotado na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas o conservadorismo foi mais forte, ao menos em grande número de importantes municípios.

Não vamos analisar aqui as manifestações de conservadorismo no intrincado campo político, pois isso nos levaria muito longe; e ademais, tais manifestações são de conhecimento geral. O PT que o diga.

Lembramos apenas os insucessos de diversos governos que, propelidos por bispos e padres da esquerda católica, tentaram impor ao Brasil uma Reforma Agrária radical que o levasse rapidamente às portas do comunismo.

Por fim, uma palavra sobre as resistências conservadoras ao ecologismo alarmista e sem base científica. Muito contestado e à míngua de provas para suas afirmações mirabolantes, ele procura utilizar para seus objetivos a recente e perplexitante encíclica do Papa Francisco, tendente a um ecologismo radical. Sem muito resultado, diga-se de passagem.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


Mulheres preferem o lar a uma profissão

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Gregorio Vivanco Lopes

Chegam-nos notícias de que uma tendência conservadora vai se afirmando entre as mulheres.

Há um surpreendente movimento de mulheres que, após serem bem sucedidas numa profissão, resolvem abandoná-la para se tornarem donas-de-casa, desagradando assim profundamente as chamadas feministas, pelo fato de representantes do belo sexo escaparem à sua ditadura.

Não ignoro, é claro, que possa haver mulheres que se dediquem por razões legítimas a uma profissão. Não estou aqui analisando casos individuais. O presente enfoque é a nova tendência que vai se afirmando no sexo feminino, e que tem relação com a presente “onda conservadora”. Dessa realidade nos dá elementos para análise a reportagem assinada pelo jornalista Guilherme Sillva na Gazeta de Vitória (ES), em 9 de novembro último. Dela extraio os dados abaixo, sem fazer comentários.

*      *      *

“Elas são estudadas e foram criadas para ser bem-sucedidas em suas profissões. Ocuparam cargos renomados nas empresas e mostraram que são competentes. Mas perceberam que a verdadeira felicidade estava em cuidar da casa e dos filhos.

“A engenheira Paola Cristina Cola, de 40 anos, foi educada para ser uma típica mulher do século XXI. Estudou inglês, cursou engenharia, casou e fez mestrado. Como profissional, construiu uma carreira sólida, chegando ao cargo de gerente sênior de uma empresa de satélites com sede no Rio de Janeiro. Há nove anos, no entanto, parou tudo para ser… dona de casa. Descobriu que sua felicidade estava em cuidar dos filhos.

“Paola faz parte de uma corrente de mulheres estudadas que foram criadas para ser bem-sucedidas em suas profissões. Mas abriram mão da carreira de sucesso para cuidar da casa e dos filhos. ‘Ouvi de tudo’ diz ela. Desde ‘Você não vai se adaptar’ ao ‘Louca, estudou tanto e agora vai emburrecer’.

“Paola não está só. Mais da metade das brasileiras (55%) que têm filhos e trabalham fora gostariam de largar o emprego e passar todo o tempo com as crianças, segundo a pesquisa Mães Contemporâneas/2013, do Ibope.

“Para Angelita Scardua, psicóloga especializada em felicidade e desenvolvimento adulto, existe, sim, em algumas camadas da sociedade, um movimento de mulheres que decidiu retomar uma vida doméstica. ‘Quando as feministas queimaram sutiãs, em nome da libertação, era outro cenário. […] O preço a se pagar é caro’.

‘Algumas se perguntaram se realmente vale a pena abrir mão de presenciar o crescimento do filho em nome da competição no mundo exterior. E algumas, principalmente na faixa dos 35 e 40 anos, perceberam que não vale. Com isso, surge o movimento das mulheres que preferem fazer atividades em casa’, explica Angelita.

“Foi o que aconteceu com a nutricionista Luan Silva Teixeira Carvalho de Fonseca, 35 anos. Depois de dez anos de carreira, a coordenadora de Nutrição de um grande hospital, e chefe de 50 funcionários, deixou o emprego para cuidar do filho. Algumas pessoas também foram contra a decisão de Luan, inclusive gente da família.

“Para a psicóloga e escritora Cecilia Russo Troiano, autora do livro Vida de equilibrista — Dores e delícias da mãe que trabalha (Cultrix), ‘as demandas do lado do trabalho estão comprometendo aquilo que elas consideram razoável, seja pelo número alto de horas, muitas viagens ou pressão […] e voltam para casa com a certeza de que a compatibilidade carreira/família não é possível’, ressalta”.

A jornalista indiana Diksha Madhok escreveu para o site norte-americano Quartz Daily Brief — uma agência global de notícias de negócios — um desafiador artigo intitulado “A palavra feminista já está em declínio” (16-11-14).

Ela relata que numa pesquisa a respeito de palavras que deveriam ser banidas para sempre do vocabulário inglês, a revista “Time” incluiu, entre 15 outras, a palavra “feminista”, deixando aos leitores a escolha de qual delas deveria ser condenada. Devido às pressões recebidas, “Time” foi obrigada a pedir desculpas pela inclusão.

Diksha conclui: “Parece que, na verdade, a palavra feminista está em risco de extinção. Pesquisa em inglês, no Google, mostra que, a partir de 1996, as buscas das palavras ‘feminista’ e ‘feminismo’ estão em contínuo declínio”.

Ficam aqui esses dados para a reflexão dos leitores.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa


DESPERTADOR DE SONÂMBULOS

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De Jacinto Flecha

Meu entusiasmo juvenil ante a perspectiva de curar as doenças (todas) levou-me a disputar com novecentos concorrentes uma das oitenta vagas na Faculdade de Medicina. Até então, as especialidades médicas conhecidas por mim e por meus 79 colegas limitavam-se a evidências como Oftalmologia, Otorrino, Cardiologia, Cirurgia. Durante o curso, outras especialidades nos foram apresentadas, muitas se somaram às que depois passamos a exercer, e hoje são reconhecidas mais de cinquenta. Dentro de cada uma dessas há sub-especialidades, muitas sub-sub já surgiram, e aumenta em proporção geométrica o número, que já não é pequeno. Será porque as doenças aumentaram?

As doenças aumentaram também, mas o principal motivo dessa multiplicidade são os volumosos conhecimentos acumulados pela Medicina. Além disso a tecnologia e a informática inventaram outras formas de exercer a profissão, e é bom não esquecer que ambas continuam provocando e criando doenças. Tudo isso tornou obrigatória uma divisão de tarefas, levando o médico a saber cada vez mais sobre cada vez menos.

Exerci longamente uma dessas especialidades, mas decidi ficar “fora do mercado”. Hoje minha especialidade extraprofissional é levantar problemas que quase ninguém levanta. Você pode até imaginar-me um desmancha-prazeres, mas prefiro considerar-me despertador de sonâmbulos. E já vou esclarecendo que a etimologia junta aí os conceitos de dormir e andar; e o dicionário define sonâmbulo como pessoa que anda e fala enquanto dorme; age de maneira desconexa, disparatada.

Estes dados linguísticos nos dão todo o direito de rotular como sonâmbulos os componentes de um casal desconexo, disparatado, que resolve constituir uma família e depois trabalha para destruí-la. Aponto exatamente para esses sonâmbulos as minhas flechas despertadoras de hoje. Você considera normal quem se casa para constituir uma família, depois passa a agir para destruição dela? Trata-se claramente de caso psiquiátrico, mas quase ninguém nota isso. E o pior é que casais assim transformam os próprios filhos em casos psiquiátricos, ou seja, desequilibrados mentais.

Os distúrbios mentais das crianças aumentam assustadoramente, e a grande variedade deles e dos seus sintomas chega a gerar dificuldades para a atualização do especialista em Psiquiatria infantil. Por isto mesmo esta sub-especialidade da Psiquiatria é candidata a gerar outras sub-sub, enquanto proliferam fatores modernos capazes de desequilibrar mentalmente as crianças.

Entre muitos outros fatores, podem produzir doenças mentais nas crianças brinquedinhos como videogames, internet, redes sociais, smartphones, tabletes. Zumbis infantis estão sendo produzidos em série, e os pais sonâmbulos contribuem para criá-los, presenteando os filhos com esses aparelhos de destruição mental. Bem pior do que isso, deixam os filhos cuidando da própria “educação”, ao invés de permanecer em casa para educá-los. E assim os entregam a uma verdadeira fábrica de zumbis, enquanto estão fora ganhando dinheiro… para educá-los. Você conhece atitude mais desconexa, mais disparatada?

Isto me leva de volta à escolha da especialidade. Sei que ela depende de fatores diversos, muitos dos quais alheios à própria vontade. Porém, se alguém procura uma especialidade com futuro garantido, e muito rendosa, sugiro escolher a Psiquiatria infantil. Pelo andar da carruagem, nunca faltarão clientes. Nem dinheiro para pagar os serviços do especialista, pois os responsáveis pelos pacientes trabalham fora de casa e ganham dinheiro. Quando esses sonâmbulos perceberem o que fizeram com os filhos, o psiquiatra pode entrar em cena e cobrar o que quiser, mesmo sabendo que as crianças nunca atingirão a normalidade. Normalidade só é possível em famílias normais. Eles serão seus clientes para toda a vida, e muitos outros estarão na fila.

Como você pode ver, minha atividade extraprofissional torna possível indicar oportunidades de trabalho decorrentes, por exemplo, da decadência dos costumes e do progresso tecnológico. Não lhe parece boa esta minha sugestão para especialidade? Você pode enriquecer à custa desses pais relapsos, irresponsáveis, sonâmbulos. Como eles trabalham para “educar” os filhos, não lhes faltará dinheiro para pagar os seus honorários. Enfie a faca, eles merecem…

(*) Jacinto Flecha é médico e colaborador da Abim

Fonte: Agência Boa Imprensa


Sucesso entre as crianças, Peppa Pig causa polêmica entre adultos

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Por FABIANA FUTEMA

 

Qualquer pessoa que tenha filhos, sobrinhos ou parentes menores de 7 anos já ouviu falar do desenho “Peppa Pig”, exibido no Brasil no canal Discovery Kids.

Sucesso em vários países, “Peppa Pig” também está no centro de várias polêmicas. A última delas envolve a ABC, o canal estatal da Austrália.

A página da emissora no Facebook foi inundada por reclamações de centenas de pais enfurecidos com a alteração do horário de exibição do programa _das 18h30 para as 11h30, segundo o “Daily Mail”. O tempo de exibição também foi reduzido pela metade.

Em suas reclamações, os pais alegavam que a mudança alterava a rotina dos filhos acostumados a assistir ao desenho após o jantar e antes de irem para a cama, segundo o “Daily Mail” .

Outros pais, por outro lado, defendiam a mudança da rotina e sugeriram a introdução de novos hábitos para esse período da noite com os filhos, como a leitura de livros.

Antes disso, a emissora chegou a cogitar o corte da verba para exibição do programa por motivos financeiros. Parlamentares do Partido Trabalhista atrelaram a possibilidade ao fato da mãe Porca disseminar ideais feministas _trabalha fora (oi?). A revista “TPM” relatou essa polêmica.

Na Itália, a associação de defesa dos animais chegou a pedir para os pais boicotarem “Peppa Pig” por não mostrar a verdadeira de condição de vida dos porcos e outros animais retratados no desenho.

Uma jornalista chegou a escrever um texto no jornal italiano Libero Quotidiano dizendo que Peppa Pig não ensinava nada de bom para as crianças, muito pelo contrário. Entre os exemplos dados estava o fato dos porquinhos estarem sempre arrotando.

Textos em blogs italianos também enxergaram sinais da maçonaria no desenho, além de ver formas fálicas no desenho da cabeça dos porquinhos da família Pig.

Ainda não vi nada parecido com isso aqui no Brasil. A única polêmica ocorre na hora da exibição do desenho, que à tarde coincide com os jogos da Copa. E os pais precisam negociar muito com seus filhos para poder trocar de canal.

 

Fonte: Folha de S. Paulo


Drogas, tô fora! Gosto mais de mim!

10509611_10152966646181777_5510118090630341875_nCrédito da imagem à galera do Verbalizando Missões Urbanas no Google+.


Megadeth: banda realmente ajudou Ellefson com morte de irmão

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Por Fernando Portelada | Fonte: Montreal Gazette

Algumas vezes a família é um refúgio para a tristeza – mesmo em uma unidade de thrash metal como o MEGADETH. Pelo menos é assim que o baixista do grupo, David Ellefson se sente. Seu irmão, Eliott, recentemente faleceu e o luto foi facilitado pelo apoio de seus companheiros de banda, disse o músico em uma entrevista com o MontrealGazette.com, antes da apresentação da banda no Amnesia Rockfest, no Canadá.

É um lado surpreendentemente gentil daquilo que possa parecer uma banda barulhenta, orgulhosa e altamente individualista pelo lado de fora.

“Foi bom estar junto com meus irmãos na banda. Poder deixar sua vida fluir através da música uma ótima saídas que se pode ter.”

Esta é uma banda que está batendo cabeça por 31 anos. E deixando de lado as dores de cabeça: “É uma dessas coisas. Nós começamos uma banda e nunca pensamos em fazer outra coisa. É uma visão rasa para a vida humana, mas é bem avançada para um músico. Se você começa algo, sabendo o que você vai fazer, isso não dura”, disse.

“Nós sempre fomos muito genuínos e honestos com nossos fãs e com nossa música. Foi isso que construiu nossa base de fãs. O que encantou as pessoas no MEGADETH foi o fato de que não haviam pretensões.”

 


A esdrúxula “Lei da Palmada”

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Palmada pedagógica, aplicada pela mão amorosa dos pais, NÃO PODE. Investir contra a família, por meio da mão odiosa do Estado, PODE.

Paulo Roberto Campos

No dia 4 último foi aprovado pelo Senado Federal o PL 7672/10 — conhecido como “Lei da Palmada” e rebatizado como “Lei Menino Bernardo”. Verdadeiro absurdo, que constitui mais um golpe contra a Família.

Se a presidente Dilma Rousseff não vetar essa esdrúxula lei (ela tem 15 dias úteis para decidir), os pais poderão ser punidos por castigar seus filhos, ainda que levemente. Comenta a “Agência Brasil” (4-6-2014):“Apesar de os senadores favoráveis à matéria garantirem que não se trata de legislação criminal, o texto prevê punições aos pais que insistirem em castigar fisicamente os filhos, como advertência, encaminhamento para tratamento psicológico e cursos de orientação, entre outras sanções. Os conselhos tutelares serão responsáveis por receber denúncias e aplicar as sanções”.

Assim, os pais poderão ser punidos, por exemplo, pelo simples fato de um filho os denunciar por lhe terem dado um beliscãozinho, um puxão de orelha, uma palmadinha pedagógica. Ou por os denunciarem vizinhos que, por qualquer motivo, desejam caluniá-los e fazer-lhes acusações falsas, apresentando um tapinha na criança birrenta como se tivesse sido uma agressão.

Claro que se os pais, ou seja lá quem for, espancarem uma criança, devem ser punidos. Mas para isto não é preciso esta absurda “Lei da Palmada”, pois agressão violenta contra qualquer pessoa constitui crime punível pelo Código Penal, que já se incumbe de “enquadrar” o infrator — conforme o caso até com pena de prisão, com a agravante se praticado contra menores de 14 anos.

 

Castigo aplicado pelos pais por estima ao filho

A “Lei da Palmada” foi rebatizada de “Lei Menino Bernardo”, em memória do pequeno Bernardo Boldrini assassinado pelo pai e pela madrasta no Rio Grande do Sul. Um outro absurdo, pois esses pais (melhor diríamos monstros) não deram palmadas no menino, mas mataram-no. Casos do gênero são excepcionais, uma vez que 99,9% dos pais não castigam de modo cruel seus filhos. Como sabemos, “abusus non tollit usum” (o abuso não impede o uso). Ou seja, não é porque há casos extremos de violência contra crianças que todos os pais devem ser proibidos de impor limites e mesmo leves castigos aos filhos. Pelo contrário, como nos ensina a Sagrada Escritura, os pais que amam verdadeiramente seus filhos, não deixam de puni-los. “Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te espantes de que ele te repreenda, porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima”(Provérbios, 3, 11-12).

 

“Conselhos” inspirados nos soviets da URSS

Mas com a aprovação desta insensata lei, através dos famigerados “Conselhos Tutelares”, o Estado invasor, interferindo indebitamente no recinto familiar, poderá agora punir o bom pai, a boa mãe, que por amor ao filho e para bem o educar dá-lhe uma leve palmada… “Conselhos Tutelares” que passarão a fiscalizar os lares bem no estilo dos chamados “Conselhos Populares” — como os soviets, oriundos da antiga URSS — estabelecidos por Fidel Castro em Cuba e por Hugo Chávez na Venezuela.

Típico de regimes totalitários, essa indevida intromissão do Estado na vida familiar — além de espezinhar o pátrio poder e instalar um sistema de denúncias que poderá jogar os filhos contra os pais —, visa, no fundo, debilitar o princípio de autoridade, pois a educação dos filhos é da responsabilidade dos pais, e não do governo. São eles quem sabem o que convém ou não para melhor formar seus pequenos. O Estado socialista não pode meter o bedelho na família, usurpando dos pais o sagrado direito de educar sua prole.

Muito incoerente o Estado petista, ao mesmo tempo que deseja aparecer como protetor da criança, proibindo palmadinhas, favorece algo INCOMPARAVELMENTE mais grave e mesmo cruel: o aborto! Para este Estado, o bebê no ventre materno não merece proteção, não conta com qualquer “direito humano”; o nascituro pode ser torturado até a morte, cortado em pedaços e jogado na lata de lixo hospitalar!

 

Não é a polícia nem o Estado que educam os filhos

Entre inúmeros depoimentos de pais contrários à aberrante “Lei da Palmada”, encerro com um deles, divulgado pela “Agência Brasil” (6-6-2014): “O administrador de empresas Carlos Damasceno, 40 anos, é pai de três meninas e confessa: ‘Uma das minhas filhas é bem danada e já levou muita palmada’. Perguntado se concorda com o projeto de lei que pune famílias que usem violência física na educação dos filhos, aprovado na última quarta-feira (dia 4) pelo Senado, ele garantiu ser contra agressões pesadas, mas avaliou que conversar com as filhas nem sempre é suficiente.

“‘A gente quer educar e sabe dos nossos limites. Tem que haver limite. Afinal, não vai ser nem a polícia nem o Estado que vão educar nossos filhos’, disse, apoiado pela amiga Flávia Passos, 37 anos, enfermeira e mãe de um rapaz de 21 anos. Para ela, agressão física que deixa hematomas e fraturas devem ser punidas, mas palmadas ocasionais não fazem mal à criança.

‘Minha avó apanhou, minha mãe apanhou, eu e minhas irmãs apanhamos e somos, hoje, todas muito bem resolvidas. Pai e mãe querem sempre o melhor para o filho, mas há momentos em que o castigo não resolve e a palmada, sim’”.

É esse bom senso — da imensa maioria dos brasileiros e próprio aos pais de família — que não foi respeitado. Com efeito, notícia publicada no próprio portal “Câmara dos Deputados”, em 22-8-2013, informa:“Desde 1º de julho [portanto, em menos de dois meses], 661 cidadãos entraram em contato com a Central de Comunicação Interativa da Câmara pelo Disque-Câmara (0800-619.619) ou por e-mail, utilizando o serviço ‘Fale Conosco’ do Portal, para se posicionar sobre o projeto (PL 7672/2010). Desse total, 616 (93%) são contrários à aprovação da proposta, enquanto 45 (7%) disseram ser favoráveis”.

Embora mera amostragem, essa informação confirma outras pesquisas e serve para avaliar a pseudodemocracia esquerdista que aprovou a “Lei da Palmada” — com o apoio de apenas 7% da população e desprezando os 93% de brasileiros contrários à intromissão do governo na vida particular da família.

(*) Paulo Roberto Campos é jornalista e colaborador da ABIM.

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


Pais e especialistas se dividem sobre lei que proíbe castigos físicos em filhos

Por Cristiane Jungblut / Flávia Milhorance / Renato Grandelle

Protesto. Xuxa tapa os ouvidos de Enzo, neto do senador Renan Calheiros, durante discurso do senador Magno Malta, contrário à nova lei - André Coelho

Protesto. Xuxa tapa os ouvidos de Enzo, neto do senador Renan Calheiros, durante discurso do senador Magno Malta, contrário à nova lei – André Coelho

 

 

O Senado aprovou ontem, em votação simbólica, a chamada Lei da Palmada (agora batizada de Lei Menino Bernardo), que proíbe a aplicação, por pais e educadores, de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina ou educação. A apresentadora Xuxa Meneghel, uma das personalidades que apoiaram a norma publicamente, acompanhou a votação, ao lado das ministras Ideli Salvatti (Direitos Humanos) e Marta Suplicy (Cultura).

Ontem, os senadores seguiram a Câmara dos Deputados e mudaram oficialmente o nome da lei para Menino Bernardo, em homenagem garoto gaúcho que foi morto em abril, supostamente pela madrasta e com participação do pai, segundo a acusação. Depois de quatro anos de discussão, agora o veto aos castigos físicos vai a sanção pela presidente Dilma Rousseff, uma vez que já houve a aprovação da Câmara.

O projeto define castigo físico como “ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou adolescente que resulte em sofrimento físico ou lesão”. Já o tratamento cruel e degradante é classificado como a “conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou adolescente que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize”.

Mas a Lei Menino Bernardo não define punições severas aos pais ou educadores. Em vez disso, estabelece medidas socioeducativas e afirma que as penalidades já estão previstas no Código Penal em caso de maus-tratos. Entre as indicações, que devem ser estabelecidas pelo Conselho Tutelar, estão o encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico dos responsáveis pela agressão e a obrigação de oferecer tratamento especializado à vítima.

O Conselho deve aplicar multas de três a 20 salários mínimos (R$ 2.172 a 14.480) a profissionais de saúde, assistentes sociais e educadores que não denunciarem os maus-tratos. Segundo senadores, esse trecho poderá ser vetado pela presidente Dilma Rousseff, porque as penas já estariam previstas em lei.

Xuxa ressalta que a lei foi criada para impedir o uso da violência contra as crianças.

— Essa lei não impede nada (em relação à educação pelos pais). Só impede que se use a violência — assinala. — Mas ninguém vai prender ninguém. Muitos me perguntam: se eu der uma palmada, vou se presa? Não. De maneira nenhuma. (A lei) é só para mostrar que as pessoas podem ensinar e devem educar uma criança sem usar a violência.

Depois do encontro com a apresentadora, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), definiu a lei como muito importante.

— É um corte na cultura da sociedade brasileira — diz.

A maioria dos senadores fez discursos a favor da Lei Menino Bernardo. Uma exceção foi a de Magno Malta (PR-ES). Os parlamentares evangélicos resistem à proposta por considerá-la uma interferência do Estado na educação familiar. Pela manhã, Malta pediu vista à proposta na Comissão de Direitos Humanos, que acabou aprovando o texto e viabilizando a aprovação pelo plenário mais tarde. Renan teve que intervir para garantir a aprovação na comissão.

— Tapa na bunda? Um castigo? Ou cortar a mesada? Não existe uma receita pronta — diz Malta. — Às vezes, o último recurso é o castigo, às vezes é o primeiro. Não é, certamente, punindo os pais que vamos construir uma sociedade mais fraterna.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rebateu os argumentos de Magno Malta.

— Essa lei é de grande importância e relevância — disse Humberto Costa.

— A razão primordial da lei é proteger meninas e meninos de tratamento degradante — acrescentou a relatora do projeto, Ana Rita (PT-ES).

Coube ao senador Mário Couto (PSDB-PA) o momento inusitado da votação. Ele pediu desculpas a Xuxa pelas declarações do deputado Pastor Eurico (PSB-PE), que hostilizou a apresentadora por um dos seus filmes durante a votação na Câmara, há duas semanas.

— Desculpe pelo deputado que lhe ofendeu — disse Mário Couto.

O projeto ainda estabelece que a União, estados e municípios elaborem políticas públicas de educação para coibir o castigo físico.

‘Recurso ultrapassado’

Cofundador e presidente do Instituto da Criança, Pedro Werneck define a palmada como um gesto de violência ultrapassado e que excede a educação.

— Sou até favorável ao castigo, aquele que deixa a criança no quarto, para que ela vá formando uma noção de responsabilidade — explica. — Hoje a sociedade está mais consciente e atenta aos princípios do respeito ao ser humano, independentemente de sua idade, e consegue enxergar a palmada como algo que tem que ser superado.

De acordo com Werneck, as consequências da agressão podem ganhar uma dimensão muito maior do que se imagina.

— Se a palmada for frequente e intensa, a criança fica massacrada e não tem como se defender — lembra. — Isso gera uma opressão que, um dia, estoura com as mesmas força e intensidade. A agressão é uma forma de criar revolta e desconforto.

Pedro Pereira, advogado do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) no Rio, destaca que a lei tem um cunho “mais educativo do que de punição”:

— Ela fortalece a questão da educação positiva, ou seja, reconhece a autoridade dos pais, mas entende que o Estado também deve criar mecanismos para que não se use a violência física, moral ou psicológica.

Famílias longe do consenso

Nas ruas, a Lei Menino Bernardo está longe de ser uma unanimidade. Na família da dona de casa Jane Brasileiro, de 67 anos, a palmada teve seu papel na formação das crianças. Jane usou o recurso com a filha, Danielle, de 32 anos, que faz o mesmo com Daniel e Débora, que têm, respectivamente, 7 e 2 anos.

— A palmada é necessária quando a criança é muito teimosa — defende Jane.

Consultora de recursos humanos, Danielle agradece pelo modo como foi criada.

— Levei algumas palmadas e não morri. Foi algo que me trouxe conserto em algumas situações, como quando eu gritava com alguém — explica. — Eu sabia que estava errada, então esta era a forma de me corrigir.

Danielle acredita que o método ainda é útil e o aplica nos filhos, quando eles não atendem às tentativas de diálogo:

— Chamo para conversar uma, duas vezes. Se fizerem a mesma coisa três vezes, posso dar uma palmada. Eles apanham porque são muito amados.

Já a diarista Josefa Maria, de 36 anos, acredita que a palmada não deve ser aplicada em situação alguma.

— Sou contra. Filho tem que receber carinho — condena a mãe de Fabrício, de 13 anos, e de Maria Eduarda, de 8 anos. — Eles nunca me deram trabalho. É só chamar a atenção. Com o tempo, isso funciona.


Fingia ser repreendida!

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Gregorio Vivanco Lopes

Hábitos e leis cada vez mais liberais vão pondo a sociedade em xeque. É a degradação dos costumes, o desfazimento das famílias, o avanço do nudismo e do semi-nudismo, a criminalidade, a… paramos por aqui porque a lista é longa demais, não cabe neste artigo.

Vamos nos deter num ponto apenas, que é fundamental. Trata-se da educação dada a crianças e adolescentes.

Hoje é politicamente correto (e asnaticamente absurdo) impedir que os pais imponham normas a seus filhos menores, se necessário com castigos proporcionados.

A tal propósito, é esclarecedor o documentado artigo da jornalista Ludmilla Ortiz Paiva, publicado no site da UOL (7-3-14), intitulado “Pais liberais demais dão a filho mais responsabilidade do que ele pode ter”. Seguem alguns trechos:

“À primeira vista, deixar os filhos ‘soltos’ demais pode até parecer um sinal de confiança forte dos pais. Mas liberdade em excesso pode tornar crianças e jovens carentes de uma figura que impõe limites.

“Os pais acabam deixando para o filho a responsabilidade de tomar decisões que ele não tem maturidade para administrar. É o que diz o psiquiatra Içami Tiba: ‘Apesar de pensar que está ajudando o filho, os pais estão errando como educadores. Não se pode deixar a criança ou o adolescente fazer tudo que tiver vontade. São os adultos que vão arcar com as consequências dessa liberdade toda’. E, futuramente, os filhos também.

“Para a professora Audrey Setton Lopes de Souza, do Instituto de Psicologia da USP, a liberalidade excessiva não ajuda e, sim, assusta a criança. De acordo com Audrey de Souza, ‘a gente nasce com uma busca pelo prazer ilimitado. E são com regras básicas que aprendemos a lidar com o mundo’.

“Segundo os especialistas, a liberdade total, geralmente, leva o adolescente para dois caminhos: um é a carência, o sentimento de estar abandonado. O outro é a delinquência.

“A professora Leila Tardivo conta que, certa vez, acompanhou o caso de uma adolescente que fingia estar sempre conversando com a mãe pelo telefone. ‘Ela fazia de conta que tinha uma mãe que a repreendia, como as amigas tinham. Ela precisava de um cuidado, e a mãe não ligava, deixava a garota fazer tudo, a menina se sentia abandonada’, descreve a especialista.

“Segundo a professora Audrey de Souza, ‘o desafio sem uma certa intervenção pode criar um delinquente, que só vai parar de cometer excessos quando for barrado pela justiça’.”

*         *         *

De nossa parte, acrescentamos que todo ser humano, ao lado de qualidades e aptidões próprias a sua natureza, nasce também com más inclinações. Enquanto convém apoiar e estimular aquelas, é preciso refrear e coibir estas. É o papel da educação.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


18 DE MAIO É O DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA O ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTO-JUVENIL

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A HISTÓRIA DO 18 DE MAIO

No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000. O  “Caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.

O reconhecimento, pela Lei Federal 9.970/00, do dia 18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes demarca uma conquista do país na luta pelos direitos humanos das crianças e adolescentes. É uma data simbólica, na qual a sociedade é lembrada a “não desviar o olhar, ficar atenta. Denunciar!”.

LEMBRE-SE QUE 80% DOS CASOS DE ABUSO SEXUAL DE MENORES SÃO DE PESSOAS PRÓXIMAS E CONHECIDAS! DENUNCIE NÃO SE CALE!!
VERBALIZANDO MISSÕES URBANAS


12 curiosidades de My Wife and Kids

Eternizada no Brasil como Eu, a Patroa e as Crianças, essa sitcom arrancou altas risadas por essas bandas.

Conhecemos Michael Richard Kyle (Damon Wayans), o dono de uma empresa de caminhões que vive com sua família no subúrbio de Stamford, Connecticut. Ele é casado com Janet “Jay” Marie Kyle (Tisha Campbell), e juntos tiveram três filhos: Michael Kyle Jr. (George O. Gore II), o filho mais velho e bobo do casal; Claire (Jazz Raycole e Jennifer Nicole Freeman), sua filha do meio e típica adolescente americana; e Kady (Parker McKenna Posey), a caçula precoce. Ao descorrer da série, observamos e rimos com a rotina dessa família exótica e divertida ao lidar com vários dilemas.

O programa durou cinco anos e foi cancelado por baixa audiência. Mesmo assim, ainda é reprisado ao redor do mundo.

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# Jazz Raycole, que interpretou Claire no início da série, foi tirada da série por causa da sua mãe, que não aprovou o rumo que a personagem de sua filha ia tomar na segunda temporada.

# O personagem de Michael Kyle ficou em 27º na lista dos melhores pais da TV feita pelo TV Guide.

# Damon Wayans disse que sua principal inspiração para o programa foi The Cosby Show (1984).

# Tisha Campbell é só 13 anos mais velha do que o ator que interpreta seu filho na série.

# Andrew McFarlane interpretou dois personagens na série, os dois eram namorados da Claire. Ele surgiu na primeira temporada como Roger, paixão de Claire mas que só se importava em jogar videogame com Michael. Voltou na temporada seguinte como Tony, o namorado religioso da mesma garota.

# No final de cada episódio, é possível escutar algumas notas de Chim Cheer-ee, música do filme Mary Poppins (1964).

# O restaurante mostrado no episódio Restaurant Wars é chamado House of Hoo. Os produtores tiveram que mudar para Eddie and Annies depois que várias pessoas reclamaram (ou agradeceram) por citar o restaurante deles na série.

# A data exata que Michael começa a ficar careca é 18 de novembro de 1982. Ele pede várias vezes na série para que Jay não se esqueça disso.

# Gary Coleman, o protagonista da famosa sitcom Arnold, interpretou o namorado de Kady em um sonho e também fez um entregador de pizza na série. O ator também foi mencionado quando Michael diz que “queria que Kady sempre fosse baixinha e bonitinha, como Gary Coleman.”

# Tisha Campbell usou perucas durante as últimas temporadas, o que gerou boatos de que a atriz estava fazendo tratamento contra um câncer. De acordo com ela, era apenas um hobby e que ela estava com os cabelos presos por baixo.

# Os episódios em que Jay se ausenta para passar algumas semanas com sua mãe foi por causa da gravidez da atriz. Os produtores até tentaram esconder algumas vezes, mas sempre era possível perceber que ela estava grávida.

# O último episódio da quinta temporada terminou com um intenso cliffhanger, mas não foi feito pra ser um series finale. Infelizmente, o cancelamento da série foi anunciado um dia depois deste episódio ir ao ar.

Fonte: http://www.boxdeseries.com.br/site/12-curiosidades-de-my-wife-and-kids/


Novelas! Até quando?

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Gregorio Vivanco Lopes

 

É sabido que, por onde quer chegue sua influência, as novelas de televisão têm sido utilizadas como meio de dissolução dos costumes.

Recentemente houve numa novela da “Globo” um beijo entre homens, fato muito enaltecido por certa mídia conhecida até há pouco tempo como “imprensa marrom”. Ao que parece, também a “branca” vai se “amarronzando”.

A esse respeito, lemos no Painel do Leitor da “Folha de S. Paulo” (2-2-14) a seguinte carta: “Após a exibição do primeiro beijo entre homens nas telenovelas brasileiras, a TV Globo emitiu uma nota justificando a sequência como ‘uma necessidade dramatúrgica’ que ‘reflete o momento da sociedade’. Foi uma falta de respeito com as crianças e adolescentes que, com os pais, estavam em frente à TV nessa fatídica sexta-feira. Foi o primeiro passo para a exibição de sexo explícito em uma próxima novela, alegando ser uma ‘necessidade dramatúrgica’ que reflete ‘um momento da sociedade’”. — Jatiacy Francisco da Silva, consultor de negócios, Guarulhos, SP”.

Pouco depois, “a novela ‘Em Família’ tentou mostrar serviço com um menu pós-beijo gay, que incluía um nu dorsal de Oscar Magrini, a sugestão de nudez de Bruna Marquezine e, entre um batizado católico e um casamento budista, um milagre”. Porém, o primeiro capítulo teve a audiência mais baixa de uma estreia de novela das 21h da Globo, informa o mesmo diário (5-2-14). Ou seja, apesar de perder público, a emissora insiste em demolir a moral.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)


The Lighthouse – A animação que ganhou 27 prêmios

Por Luciana Oliveira de Assis

A animação The Lighthouse (O Farol) do diretor tailandês, que atualmente vive em Los Angeles,  Pou Chou Chi é um trabalho de extrema sensibilidade que envolve delicadeza nos traços e expressa muitos sentimentos, longe daquele sensacionalismo lamurioso.

Mostrando que o todo fim é um recomeço, a animação de aproximadamente 7 minutos fala sobre a relação entre pai e filho, do amor, da passagem do tempo, da despedida, do reencontro, do fim e de um novo começo de forma sutil e com uma ótima trilha sonora.

Desenvolvida na Universidade da Califórnia (UCLA), onde atualmente cursa mestrado em Belas Artes, a animação participou 50 festivais de cinema e foi dedicada aos pais de Pou Chou Chi.

Confira aqui.

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+ infos no site do artista.

Fonte: Zupi


Papel do pai

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É dever paterno custear ao filho: alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas, a critério do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes
Pai e Filho Acompanhamento do pai ajuda a mãe partilhar responsabilidades fazendo com que nenhum dos dois sintam-se sobrecarregados Felipe Daniel Reis/SXC

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Acompanhamento do pai ajuda a mãe partilhar responsabilidades fazendo com que nenhum dos dois sintam-se sobrecarregados
Felipe Daniel Reis/SXC

 

 

No âmbito da saúde integral, cabe ao pai desenvolver a chamada saúde paterno-infantil, relacionada ao vínculo físico, psicológico e afetivo desenvolvido entre as crianças e os que exercem essa função em suas vidas.

O homem tem o direito de participar do planejamento reprodutivo e familiar. Ele e a companheira devem decidir juntos se querem ou não ter filhos, como e quando tê-los. Além disso, também lhe é garantido o direito de acompanhar a gravidez, o parto, o pós-parto e decidir sobre a educação da criança.

É também dever paterno custear alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas, a critério do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. Caso isso não ocorra, é concedido à mulher o direito de ir à Justiça e exigir que se cumpram tais obrigações. Nesse caso, o pai terá de se apresentar em juízo em até cinco dias.

Com a Lei 11.804, sancionada em 2008, a responsabilidade do pai passou a valer desde a concepção. Dessa forma, ficou estabelecida a obrigação de dar todo o suporte à mãe durante os nove meses.

Importante dizer que pais adolescentes e jovens adultos são reconhecidos como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos e que, portanto, devem igualmente ser assistidos diante de suas necessidades e projetos de vida. Apesar da pouca idade, eles têm as mesmas obrigações e os mesmos direitos dos outros pais.

A mãe costuma atrair para si as atenções desde a gestação até os primeiros meses de vida da criança, quando os cuidados tendem a ser mais intensivos. O papel paterno, porém, tem deixado de ser coadjuvante, com a participação crescente dos pais nos cuidados desde a gestação, passando pelo nascimento do bebê e pelas várias fases de desenvolvimento da criança.

O pai pode ajudar a mãe, sobretudo, criando um ambiente calmo, receptivo e amoroso que ofereça apoio e segurança irrestritos à gestante. Desse modo, ela poderá se sentir fisicamente e emocionalmente amparada e acolhida, e, com isso, desenvolver uma gestação saudável em todas as suas fases, reduzindo a possibilidade de depressão materna no pós-parto.

Durante o pré-natal, é importante considerar a gravidez não apenas como da mulher, mas do casal. O cuidado masculino com o bebê é indissociável do cuidado à gestante, envolvendo, entre outras coisas: estabelecer uma comunicação doce e direta com a mãe e com o feto que está sendo gerado; mostrar-se atencioso e atraído tanto física quanto psicologicamente pela mulher; e participar e permanecer atento às modificações estruturais – físicas, mentais, psicológicas e sociais – as quais ela poderá tornar-se suscetível durante esse período.

Partilhar responsabilidades faz com que nem a mãe nem o pai sintam-se sobrecarregados e, dessa forma, apresentem maior disposição e disponibilidade emocional para o bebê. Nesta lógica, o pai pode e deve auxiliar diretamente nos cuidados básicos com o recém-nascido, como trocar fraldas, alimentar, dar banho, levar para passear, participar das consultas médicas e da administração de medicamentos, quando for o caso. Importante ressaltar que, além do contato com o bebê, o homem “ajuda” também ao transmitir afeto e segurança à companheira, contribuindo para que ela se sinta mais preparada para acolher seu próprio filho (a).

A presença do pai, dependendo da qualidade de tal presença é geralmente positiva para os filhos. Há um consenso de investigações que quando os homens (como pais sociais ou pais biológicos) estão engajados na vida de seus filhos, os vínculos entre eles são reforçados. Isso beneficia o desenvolvimento físico, psicológico, afetivo e social de modo geral das crianças, que muitas vezes apresentam melhor desempenho na escola e têm relações mais saudáveis como adultos.
Outro direito dos pais que trabalham é a licença-paternidade, que no Brasil é de cinco dias consecutivos, a partir do nascimento do bebê. O pai adotivo também tem o mesmo direito.

A licença-paternidade é um dispositivo importante ao possibilitar que o trabalhador se ausente do serviço para auxiliar a mãe de seu filho, que não precisa necessariamente ser sua esposa, compartilhar dos cuidados primários e também registrar a criança num cartório.

O tempo é relativamente curto, se comparado à licença concedida em países como a Alemanha, que permite que o pai se afaste por até um ano e dois meses (com direito a 67% da remuneração) ou o Japão, onde os homens podem tirar licença de um ano (com 25% do salário).

A licença-paternidade no Brasil, porém, é maior que em outros países da América do Sul, como a Argentina e o Paraguai, que dão apenas dois dias de folga ao trabalhador após a chegada do bebê.

Fonte: Ministério da Saúde

Via: Portal Brasil


Nove dicas para ajudar quem você ama a parar de fumar (sem ser chato!)

Encarar o tabagismo como uma doença e ter a abordagem certa são os primeiros passos

POR NATHALIE AYRES

Quem não ama alguém que consome um cigarro atrás do outro não consegue imaginar a dimensão da vontade de fazer uma pessoa largar o fumo. Mas a dificuldade em abordar esse assunto é proporcional ao problema, afinal eles nunca querem deixar o hábito. E quando você insiste demais corre o risco de se tornar um… chato! O que pode acabar afastando o fumante ainda mais e levando a solução do problema por água abaixo.

Existem formas e formas de começar a se abordar esse assunto com um fumante. E culpá-lo por não parar com o cigarro não é a melhor maneira! “É preciso primeiro entender que o tabagismoé uma doença e como tal precisa ser tratada”, reforça Jaqueline Issa, cardiologista e coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP).

Como no alcoolismo, o apoio da família e dos amigos é fundamental. Muitas vezes, depende deles inclusive o sucesso ou o fracasso do processo. “O familiar pode ajudar não pressionando, nem cobrando; não boicotando; sendo empático, assertivo e afetuoso”, resume a psicóloga Ana Carolina Schmidt de Oliveira, do Vida Mental Serviços Médicos e especialista em dependência química. Se você faz parte do time que precisa de lições para saber como ajudar uma pessoa a largar o vício, siga as dicas dos nossos especialistas logo abaixo.

Sem título

 

Você pode ser rígido

No começo, o fumante nunca cogita largar o cigarro. E um dos argumentos mais comuns é o famoso: “oras, eu posso parar quando eu quiser”. De acordo com Jaqueline Issa, cardiologista e coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor, nesse ponto as políticas públicas que impedem o fumo acabam sendo efetivas. “Com isso, ele acaba percebendo a necessidade de fumar em situações inconvenientes, precisando se locomover e às vezes até enfrentar chuva e frio para fumar”, explica a médica. E os familiares podem se aproveitar dessa técnica, ao dizer que não querem que a pessoa fume na casa delas. Desculpas não faltam! Dá para alegar que não gostam do cheiro e querem evitar o fumo passivo e de terceira mão, causado por alguns resíduos do cigarro continuam no ambiente e também fazem mal à saúde. No fim, os argumentos não deixam de ser verdadeiros.

Mesmo sem essas proibições, deixar claro que você não gosta é importante. “Se a pessoa não gosta que fiquem lhe dizendo toda hora que pare de fumar, quem convive com o fumante pode expor isso colocando seus limites, mas sempre de forma empática”, acredita o psiquiatra Hewdy Lobo Ribeiro, do ProMulher, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e diretor do Vida Mental Serviços Médicos.

Não fique relembrando - Foto: Getty Images

Não precisa relembrar a todo instante

Muitas vezes ser sútil faz toda a diferença. “Você não precisa ficar falando toda hora ‘está vendo?’ para o fumante. Isso mais atrapalha e existem maneiras indiretas, como deixar uma matéria de revista sobre o tema aberta perto de onde ele passa… Não precisa cutucar toda hora, mas passar a mensagem em doses homeopáticas e com jeito”, explica Jaqueline Issa. A especialista já percebeu em seu trabalho que o que faz o fumante mudar de ideia muitas vezes é um clique, e é impossível saber o que moverá cada um para isso. Por isso, ser insistente nem sempre adianta, se você não bater na tecla certa.

Incentive - Foto: Getty Images

Motivar é preciso

Por se tratar de uma dependência, a dificuldade do fumante não é falta de força de vontade e sim não conseguir combater as mudanças orgânicas que o tabaco causou em seu organismo. Por isso que a motivação é sempre importante, para mostrar que o esforço contra as vontades do próprio corpo vale a pena. “O que vai mudar é a maneira de estimular a motivação da pessoa. Por exemplo, quando ele percebe que precisa parar de fumar, os familiares podem ajudar dando informações, de preferência novas, e se dispondo a ajudar e a facilitar o tratamento”, reitera o psiquiatra Hewdy Lobo.

E mesmo no caso de um fumante que nem pensa em parar ainda, motivar também vale a pena. “Nessa fase é necessário verificar o que geraria dúvidas, o que faria o indivíduo pensar que seria mesmo melhor parar de fumar. Muitas vezes não são os prejuízos diretos do cigarro, mas as reclamações da família, ou algum problema que esteja mais em evidência, por exemplo, a dificuldade em manter a ereção na relação sexual”, explica a psicóloga Ana Carolina Schmidt de Oliveira, psicóloga do Vida Mental Serviços Médicos e especialista em dependência química.

Relações diferentes, abordagens diversas - Foto: Getty Images

A cada tipo de relação, uma abordagem diferente

Como existem diversas formas de se entrar nesse assunto o tipo de relacionamento que você tem com o fumante influencia. “Os filhos pequenos, por exemplo, convencem os pais muito mais do que os mais velhos. Tenho vários pacientes que vem falando que querem parar porque a criança em idade escolar pediu e está preocupado. Acho que os pais se sentem com mais responsabilidades com eles do que com os outros que já estão criados”, acredita a cardiologista Jaqueline.

Para os casais, por exemplo, vale apontar os malefícios estéticos que o parceiro tem por causa do cigarro, como os dentes amarelados ou o cheiro e gosto de cigarro nos beijos. Funciona principalmente com os casais mais novos. Mas tudo com cuidado! “Pense em como você preferiria escutar uma crítica. É importante ser honesto, empático, assertivo, estar disposto a ouvir a opinião do próximo e a propor combinados. Vale sempre estar atento se o contexto é adequado, se não será humilhante para a pessoa, e prestar atenção à linguagem corporal e ao tom de voz”, explica o psiquiatra Hewdy Lobo.

O que não dizer - Foto: Getty Images

O que não se deve dizer

Existem diversas frases que são desmotivadoras, como dizer: “não tem jeito mesmo, ele nunca vai parar de fumar”; “sabia que ele ia recair”; “ele precisa ficar com um câncer para parar de fumar”; “eu não acredito mais nele”; entre diversas outras. E as atitudes também podem atrapalhar o processo. “Alguns comportamentos boicotam o propósito, como o familiar comprar cigarros para a pessoa que quer parar, ou dizer que ele pode fumar aos finais de semana, ou que ele pode fumar um cigarro por dia, ou tentar esconder o cigarro”, explica a psicóloga Ana Carolina.

Quando ele decide parar - Foto: Getty Images

Quando ele decide parar

Quando a decisão é tomada, o primeiro passo, de acordo com Jaqueline Issa, é procurar ajuda específica. “Dentro das especialidades, vários médicos podem ajudar cardiologistas, pneumologistas, psiquiatras… Vale entender se o médico tem experiência nisso. Normalmente nos grandes hospitais existem centros para isso. E é a maneira mais tranquila e rápida de parar”, explica a cardiologista, que acredita que incentivar esse fumante a procurar esse tipo de tratamento é o mais importante.

Também é preciso ajudar a evitar situações em que o cigarro será lembrado. Evitar locais que tenham muita gente fumando ou não incentivar hábitos que eram ligados ao tabagismo é importante. “Seria um boicote, por exemplo, insistir em ir a um barzinho, que em geral tem muitas pessoas com cigarro, e ainda por cima, provavelmente o tabagista irá beber, o que muitas vezes dá vontade de fumar”, explica o psiquiatra Hewdy Lobo.

Elogie - Foto: Gettu Images

Preste atenção aos progressos

Perguntar ou não perguntar? Essa parte depende muito da personalidade do indivíduo. “Tenho pacientes que contam a todos a novidade. Alguns outros até me pedem sigilo quando começam a seguir o tratamento, até para não criarem expectativas”, separa a cardiologista Jaqueline. No primeiro tipo de estilo pessoal, vale a pena perguntar sim como está indo o progresso dele no tratamento, sem mostrar cara feia quando ele disser que não está indo bem.

Mas para ambos os tipos de personalidade, sempre vale a pena reforçar as qualidades que estão sendo demonstradas com o abandono do cigarro. “Vale elogiar e mostrar satisfação pelas pequenas mudanças que a pessoa que está parando de fumar promove em sua vida, como jogar o cinzeiro fora, e as roupas estarem cheirosas. Reconheça as vitórias que quem está parando de fumar conquista”, aconselha a psicóloga Ana Carolina. É uma forma de fazer um reforço sempre positivo sem estar cobrando.

Abstinência causa brigas - Foto: Getty Images

Abstinência faz parte do jogo

Nessa fase nem tudo são flores… Aliás, o clima fica muito mais cinzento do que um jardim colorido. “Normalmente quem está parando de fumar enfrenta duas fases principais. A primeira, nos 3 primeiros meses, consiste em vencer a abstinência, o que pode ser aliado com medicamentos por exemplo. Já a segunda, que vai dos 3 aos 12 meses seguintes, ele começa a enfrentar as situações em que antes ele recorria ao cigarro”, explica a Jaqueline.

No primeiro ato, é normal que o tabagista se torne uma pessoa mais difícil de lidar. “É comum sentir alguns sintomas da síndrome de abstinência, como ansiedade, irritabilidade, humor deprimido, inquietação, insônia, desconcentração, dor de cabeça, muita vontade de fumar, entre outros”, enumera Hewdy Lobo. Mas ele mesmo avisa que depois de uma semana, isso tende a passar, portanto nada de desejar que seu fumante querido volte aos antigos hábitos. Muitas vezes, também é comum que o futuro ex-fumante se sinta mais deprimido. “A nicotina tem efeito antidepressivo e algumas pessoas não conseguem uma neuroadaptação a sua ausência, desenvolvendo o problema”, explica a cardiologista.

Recaídas acontecem

Não recaía no erro

“É sempre importante lembrar que a recaída faz parte do processo”, salienta a cardiologista Jaqueline. E nessa hora, acusar só pode ser pior, pois até tira o incentivo de a pessoa continuar com o processo. É importante lembrar mais uma vez que o tabagismo é uma doença, e muitas vezes mais de uma tentativa é necessária para que dê certo. Muitas vezes, vale procurar se é necessária outra mudança na estratégia e reavaliar o processo como um todo.

Claro que se a família está incomodada com isso, deve demonstrá-lo, mas de forma sempre empática, sem humilhar o fumante. “É importante ajudar a pessoa a renovar seu compromisso em parar de fumar, levantar a autoestima dele mostrando que ele é capaz, que já teve algumas vitórias, afinal passar mesmo que um dia sem fumar já é uma conquista”, ensina a psicóloga Ana Carolina. É um pouco parecido com a abordagem para incentivar a pessoa a querer parar de fumar, e por isso é importante não recair no erro da acusação.

 

Fonte: Minha Vida.


Homem alemão troca cargo por família

Executivos em posições de liderança em bancos e em órgãos do governo pedem demissão ou trabalham meio período para cuidar dos filhos

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SUSANNE AMANN , SIMONE SALDEN / DER SPIEGEL – O Estado de S.Paulo

No passado, as políticas alemãs relativas às famílias dos empregados eram mais voltadas às mulheres, mas a situação vem mudando. Os homens também começam a exigir condições de trabalho mais flexíveis para equilibrar seus deveres de trabalho e com a família – e isso vem forçando grandes mudanças da cultura corporativa.

Há alguns anos, Gerd Göbel provavelmente seria considerado um irracional por muitos diretores de recursos humanos. E possivelmente deixaria também os colegas surpresos. Göbel tem uma carreira bem-sucedida no segundo maior banco da Alemanha, o Commerzbank, onde chefia uma equipe de administração de ativos e portfólio. E trabalha em tempo parcial porque tem uma filha ainda muito pequena.

Quando a menina nasceu, há três anos, o executivo de 47 anos reduziu suas horas de trabalho para 40% do total; depois aumentou para 60% e mais recentemente para 80%. Na sua divisão, que tem 80 funcionários, ele foi o primeiro pai a tirar uma licença paternidade e o primeiro a desistir de uma posição que exige horário integral.

“Na época, claro que me perguntei se seria possível trabalhar em tempo parcial em um cargo de liderança”, diz ele, que chefia uma equipe de cinco pessoas. Mas seu experimento foi bem-sucedido e ele continua a passar um dia útil em casa, embora possa ser encontrado pelo telefone celular.

Göbel ainda é exceção. Mas o fato é que ele é um dos muitos pais que não se satisfazem mais em trabalhar a semana inteira e ver os filhos só nos fins de semana. Quando Jörg Asmussen se demitiu do seu posto de alto nível como membro da diretoria executiva do Banco Central Europeu, em meados de dezembro, ele citou a “família” e os “dois filhos ainda bebês” como o motivo. Considerações familiares também teriam sido fator decisivo para o fim surpreendente da carreira de Roland Pofalla, durante anos um dos homens mais influentes do governo Angela Merkel.

Mudanças. Na Alemanha em geral os homens ainda representam pouco menos de 20% de todos os indivíduos que trabalham em tempo parcial, mas este porcentual cresce rapidamente. A proporção de homens que trabalham meio período mais do que dobrou em dez anos, ao passo que a de mulheres cresceu em torno de 30%.

No pacto de coalizão recentemente concluído pelo governo da Alemanha foi inserido, pela primeira vez na história do país, um capítulo que trata do papel dos “pais ativos” e um apelo no sentido de “melhores condições que permitam que pais e mães compartilhem as obrigações profissionais e familiares de modo equitativo”.

A pressão por mudanças vem crescendo, com as empresas ainda lutando para encontrar e reter bons empregados. Já não basta mais oferecer aos funcionários uma creche na empresa. Pesquisas com os pais mostram que a possibilidade de manter uma carreira compatível com a vida privada aumenta enormemente a motivação para o trabalho e a fidelidade ao patrão.

Gestores de recursos humanos também reconhecem que o fato de estar ativamente envolvido na educação dos filhos também é benéfico para o progresso profissional de um indivíduo, já que pais que trabalham sempre são mais sociáveis e costumam organizar a carga de trabalho de maneira eficiente.

Os homens avaliam as políticas corporativas para famílias de forma mais negativa do que as mulheres. Para 85% deles, as políticas das empresas nesse setor são mais direcionadas às colegas do sexo feminino. Foi o que revelou um estudo feito pela A.T. Kearney que será publicado este mês. “As empresas precisam agir. Necessitamos urgentemente de novos modelos de modo a reformular inteiramente o trabalho”, disse Martin Sonnenschein, diretor da A.T. Kearney para a Europa Central.

Iniciativas. A gigante da engenharia Bosch é uma das que se esforçam para incluir os homens nas políticas de família. A empresa oferece a seus funcionários não só a possibilidade de “tempo de trabalho flexível” ou em meio período, mas os incentiva expressamente a trabalhar a partir de outros locais.

Os executivos têm permissão para organizar seus horários como preferirem, desde que produzam resultados – um projeto inicial pôs cem executivos para trabalhar de casa. Redes internas, como “papas@bosch” (“papais na Bosch”), auxiliam a troca de informações.

Os executivos estão embarcando nas possibilidades oferecidas, mesmo quando estão em cargos considerados chave pelas organizações. Lutz Cauers, de 49 anos, é um bom exemplo dessa tendência. Ele é diretor do departamento de auditoria interna da Deutsche Bahn, empresa ferroviária alemã.

Ele é responsável por mais de 100 empregados e se reporta diretamente ao presidente da companhia. Cauers tem escritório em Berlim e um segundo em Frankfurt. Ele controla também três outras bases na Alemanha e mais quatro na Europa, Ásia e Estados Unidos. Mas centralizou sua vida em Nuremberg, onde vivem a mulher e os três filhos.

Atualmente ele está montando um escritório numa empresa afiliada em Nuremberg e passa pelo menos uma noite da semana com a família. E com frequência pega um avião no início da manhã para Berlim ou o trem para Frankfurt. Se necessário, leva os filhos com ele para o escritório.

“Minha mulher tem uma empresa de médio porte, portanto é claro que ela não consegue cuidar da casa sozinha”, disse ele. “E eu não gostaria disso também. Quero ver meus filhos crescerem.”

Flexibilidade. Um número crescente de homens pretende seguir o caminho escolhido por Cauers e as empresas vêm reagindo a isso. A aérea Lufthansa, há anos, oferece a seus 70 mil funcionários a possibilidade de trabalharem meio período. Mas diz ter percebido que só isso não é mais suficiente.

Bettina Volkens é diretora de recursos humanos do grupo Lufthansa e também mãe de duas crianças. “Contratos de trabalho que não têm flexibilidade não funcionam mais”, diz ela, explicando que a empresa tem de se envolver diretamente com os problemas dos funcionários. A meta de Bettina é tornar a cultura da empresa mais aberta a modelos de contrato de trabalho ainda mais flexíveis.

Parte disso é o projeto piloto chamado “Novo Espaço de Trabalho”, em que 80 empregados da área de recursos humanos compartilham 50 estações de trabalho. Mesmo os executivos sentam em mesas diferentes a cada dia. “Os empregados podem trabalhar às vezes a partir de casa. “A ideia é incentivar isso”, diz Bettina.

/ TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Fonte: O Estadão


Bozo está de volta ao SBT

Alô criançada, o Bozo chegou!

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Na manhã deste sábado, 16 de fevereiro, a programação do SBT ganhou mais diversão para toda a família. Sucesso nos anos 1980, o Programa Bozo volta para a emissora com novas brincadeiras, quadros divertidos, atrações musicais e desenhos animados.

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No programa de estreia, uma plateia formada por 90 crianças até 12 anos lotou o estúdio do SBT para conhecer Bozo e toda a sua turma. Enquanto aguardavam a chegada do palhaço, as crianças participaram de brincadeiras e aproveitaram para cantar os sucessos da novela Carrossel.

Além de Bozo, o programa conta com a participação de três divertidos personagens: a carismática Vovó Mafalda, o simpático velhinho Papai Papudo e o inventor Salci Fufú.

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Veja outras fotos de bastidores do programa no site do SBT.


Deputados de SP vetam lanche com brinde; norma precisa ser sancionada por governador

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A Assembleia Legislativa Paulista (Alesp) aprovou dois projetos de lei que restringem a publicidade de alimentos a crianças e proíbem a venda de lanches com brindes ou brinquedos. Para entrar em vigor, as normas têm de ser sancionadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Se aprovadas, as leis devem atingir principalmente propagandas e promoções de redes de fast food que vendem combinados de hambúrgueres e refrigerantes acompanhados de brinquedos.

 

Projetos para limitar a oferta de brindes na venda de lanches infantis tramitam na Alesp pelo menos desde 2007. Um dos aprovados, o PL 1.096 de 2011, do deputado Alex Manente (PPS), proíbe a venda de alimentos com brinquedos ou brindes. E prevê multa, em valor a ser definido.

O PL 193 de 2008, do deputado Rui Falcão (PT), impede o uso de personagens e celebridades infantis na propaganda e brindes associados à compra. E restringe os horários para propaganda no rádio e na TV de alimentos e bebidas “pobres em nutrientes, com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio”. Eles ficariam impedidos de serem veiculados das 6 às 21 horas. E totalmente proibidos em escolas.

Manente e Falcão amparam suas argumentações no Código de Defesa do Consumidor e no combate à obesidade infantil. Um dos argumentos é de que a criança “não completou sua formação crítica e não possui capacidade de distinção e de identificação do intuito lucrativo e apelativo da promoção”.

Questionados pelo jornal O Estado de S. Paulo, Bob’s, McDonald’s e Burger King afirmaram que cumprem a legislação vigente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Fonte: UOL


Filme “Os Vingadores” levanta polêmica sobre filhos adotivos

 

A cena: Thor, o herói loirão, tenta defender o vilão Loki, dizendo que ele é seu irmão. Viúva Negra, ex-vilã, informa-o que Loki matou 80 pessoas em dois dias. “Ele é adotado”, responde Thor.

A passagem acima, do filme “Os Vingadores” (maior bilheteria da história no Brasil), já foi vista por mais de 8 milhões de pessoas desde sua estreia aqui, em 27/4.

É menos de um minuto nas duas horas e meia em que os heróis vindos dos quadrinhos da Marvel exibem seus superpoderes. Poderia passar despercebido no meio das explosões intergalácticas e das roupas colantes de Scarlett Johansson (a Viúva Negra).

Mas o comentário de Thor ganhou destaque quando a americana Jamie Berke lançou uma petição on-line para que a Marvel (empresa do grupo Disney, produtor do filme) apresente desculpas formais por ter insultado os filhos adotivos e seus pais.

O argumento, ecoado por ONGs pró-adoção, é que a cena dissemina preconceito, fazendo uma associação imediata entre ter sido adotado e ser “do mal”. E num filme para crianças e adolescentes.

Para piorar, a plateia ri na cena. Quem tem uma história pessoal com adoção, é claro, não acha graça.

“Todo mundo riu, mas para mim o filme acabou ali”, diz Maria Bárbara Toledo, presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção. Ela foi assistir ao filme com quatro de seus cinco filhos (dois adotados).

Toledo soube da petição nos EUA depois de ter ido ao cinema. “Pedimos para nossa diretoria jurídica fazer uma carta, só falta saber a quem encaminhar.”

A associação presidida por Toledo já fez uma representação contra a TV Globo no Ministério Público por causa da personagem Tereza Cristina, vivida por Christiane Torloni na novela “Fina Estampa”, que terminou em março.

“Na novela, a vilã matava para não descobrirem que ela tinha sido adotada. Ter sido adotada e filha [biológica] de uma mulher que foi louca justificavam sua maldade. É o preconceito atrelado à ideia de descendência genética.”

O resultado da ação foi uma campanha pró-adoção veiculada pela Globo e estrelada por Torloni.

SEM BOICOTE

No caso de “Os Vingadores”, alguns relativizam a importância do comentário de Thor. “Vamos boicotar o filme? Não, vamos assistir e preparar a criança”, diz Mônica Natale, 46, gerente-executiva do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo.

Ela levou seu filho Alberto, 7, para ver o filme. “Ele não riu, nem percebeu que era piada. Era desnecessária e retrata, sim, um preconceito. Mas ele gostou do filme, não ficou chateado por o vilão ser filho adotivo.”

O advogado Leonardo Pereira, 34, adotado quando tinha cinco dias, não fecha com o movimento contra “Os Vingadores”.

“Não quero ser do contra, mas a polêmica não pode ser maior do que a realidade. Acredito que a maioria dos filhos adotivos não sofre preconceito. As ONGs deveriam investir em campanhas de adoção, não em um trechinho de um filme”, diz Pereira.

GENÉTICA

O medo de que uma criança gerada por pais desconhecidos possa herdar genes que levem a distúrbios de comportamento é um dos fantasmas que rondam a adoção.

Sim, há genes que aumentam a predisposição a alcoolismo, depressões, comportamentos violentos etc.

“Mesmo que essas situações tenham um componente genético, o ambiente onde a criança se desenvolve tem muito mais relevância na organização do cérebro”, afirma Renato Flores, professor de genética e coordenador do Ambulatório de Neurociência do Comportamento Violento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Além disso, a ideia de que é possível controlar a herança genética é duvidosa. “Veja, eu sou inteligente e a Gisele Bündchen é lindíssima. Mas o que garante que misturar o meu sangue com o dela vai dar alguma coisa que preste?”, pergunta Flores.

A brincadeira fica séria quando esbarra em outras noções sobre hereditariedade.

Em uma pesquisa sobre o que a população pensava da adoção, feita pela psicóloga Lídia Weber, da Universidade Federal do Paraná, boa parte dos entrevistados disse acreditar que marginalidade passa pelo sangue.

Há também o temor de que a mãe biológica tenha abusado de álcool e drogas durante a gestação. “O risco de essas substâncias estragarem o cérebro da criança é bem grande, mas, se o dano for identificado precocemente, podem ser feitos os tratamentos adequados”, diz Flores.

Para ele, a resposta aos medos de quem vai adotar não está na genética: “A pessoa tem que pensar: quero um filho para eu gostar, se ele tiver alguma limitação, vou gostar dele do mesmo jeito”.

Quando a apresentadora Astrid Fontenelle, 51, adotou seu filho Gabriel, em 2008, preencheu uma ficha em que respondia, entre outras coisas, se aceitaria crianças com distúrbios mentais leves.

“Marquei não. Depois, o juiz me disse: ‘Você acredita que exista alguém que não tenha nenhum problema mental?’. Aí caiu a ficha.”

Para Astrid, há crianças que lidam muito bem com o fato de terem sido adotadas e outras que têm problemas. Por isso, ela não desculpa a piadinha de “Os Vingadores”.

“Meu medo é isso reverberar em um menino de 6, 7 anos. No filme, pode parecer uma piada boba, mas o reflexo pode ser bem ruim.”

HERÓI E VILÃO

O filme “Os Vingadores” não foi o primeiro nem será o último a tocar em pontos delicados da adoção. Tratar o filho adotivo como um ser “diferente” não é prerrogativa da ficção moderna.

A visão está em mitologias e relatos de vários períodos da história –de Moisés, adotado pela filha do Faraó, a Clark Kent, o Super-Homem.

“O que denigre e o que exalta são dois lados da mesma moeda. Nenhuma criança preenche expectativas tão extremadas”, diz a psicóloga e psicanalista Maria Helena Ghirardi, do grupo de estudos, prevenção e pesquisa em adoção do Instituto Sedes Sapientae, de São Paulo.

A idealização da adoção pode ser tão problemática quanto os medos sobre a origem biológica da criança, segundo a psicanalista Gina Levinzon, autora de “Adoção” (Casa do Psicólogo, 2004) e professora de psicoterapia psicanalítica na USP.

“Tem pais que adotam não porque querem um filho, mas por quererem fazer um bem para a sociedade. Se esse filho começa a ficar mais rebelde, eles não se conformam. Eles têm que lidar com o filho que têm, o real, não com o imaginário”, diz Levinzon.

Para a psicanalista, o fato de a pessoa adotar um filho para satisfazer uma necessidade sua não é o problema: “Precisar ser mãe, ter um filho, é um bom motivo, desde que você tenha a clareza de que terá que respeitá-lo da maneira que ele é”.

Aos olhos dos outros, pode parecer um ato de benevolência e generosidade.

“Não fiz caridade. Nunca tive vontade de engravidar, de ter barriga, fui adiando a vontade de ser mãe. Quando veio a vontade, [a adoção] foi o melhor método para mim”, conta a apresentadora Astrid Fontenelle, que adotou Gabriel na Bahia, em 2008, quando o menino tinha 40 dias de vida.

DIFICULDADES

Como toda criança, aquela que foi adotada vai encontrar dificuldades na vida. “Existe esse mito de que ela dá mais trabalho, tem muitos problemas. Como se a adoção explicasse todas as dificuldades”, diz Levinzon.

Segundo a psicóloga, as pesquisas não mostram que filhos adotivos são mais problemáticos que os biológicos.

“Claro, algumas crianças podem ter passado por traumas, principalmente se foram adotadas mais velhas. Mas, se os pais estiverem preparados, bem orientados, tudo isso pode ser superado.”

Artigo de IARA BIDERMAN e JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

Fonte: Folha.com